Julia de Luca: feita com o Itaú 

A história da especialista em tech e investimento do banco que influencia de dentro para fora e de fora para todos os lugares

Por Carolina Scorce

Julia, do Itaú: “A melhor forma de construir a narrativa sobre minha carreira, hoje em dia, é através das redes sociais”

Como se lança um criador de conteúdo dentro da marca? Julia de Luca trabalha com tecnologia e investimento e ocupa um cargo na área dentro do Itaú. Por trabalhar em segmento exigente, onde é preciso ter conhecimento especializado, Julia sempre leu muito sobre o assunto. Escrever e falar são habilidades desenvolvidas antes da vida profissional, do seu próprio gosto e personalidade. Se juntar tudo isso, praticamente se tem a receita para uma produção de conteúdo de êxito nas redes sociais.

A especialista se considera nativa digital, ou seja, sempre teve desenvoltura e fez uso contínuo das redes sociais para se expressar. Mas, até há pouco tempo, isso se limitava à sua vida pessoal e publicações pontuais sobre trabalho. “Como consumo muita informação sobre tecnologia para o meu trabalho, às vezes, colocava no feed um podcast que achava interessante, por exemplo, e comentava algo junto. Com o tempo, as pessoas começaram a me mandar mensagens pedindo outras informações e dicas”, conta.

Uma dessas publicações foi postada no LinkedIn e o interesse pelo assunto foi muito maior do que o usual. Júlia pediu que os perfis enviassem seus e-mails de forma que ela pudesse enviar o conteúdo completo. “Eram centenas. Fui copiando e colando um a um e a galera me mandava mensagem explicando sobre ferramentas que eu poderia usar. Para quem está entrando na área, é difícil mesmo separar o joio do trigo. Os profissionais precisam entender, antes, onde e como buscar informação. Foi aí que decidi ter a minha própria newsletter”, recorda.

A newsletter de Julia tem, pelo menos, três mil assinantes e um índice de leitura de mais de 50%. Mas o cume deste projeto até aqui foi quando a Nasdaq, mercado de ações de empresas de tecnologia, convidou Julia a anexar sua curadoria ao site global da companhia. “Todo mundo do banco veio falar comigo. Foi um reconhecimento muito bom. Mesmo!”, reconhece.

Se criar conteúdo e influenciar foi algo que se desenrolou na vida de Júlia de forma mais ou menos natural, a consciência de que esse era um caminho promissor para sua carreira sempre esteve em mira. Julia percebeu, a partir de sua própria experiência, que eram poucas as mulheres falando e escrevendo sobre tecnologia e mercado financeiro e que, portanto, havia um espaço vago. Entendeu cedo sobre qual era a melhor forma de se tornar referência naquilo que fazia: estudar, escrever e difundir conhecimento. “Sempre tive preocupação grande com a história que queria contar sobre a minha carreira e a melhor forma de construir essa narrativa, hoje em dia, é através das redes sociais”, defende Julia.

Atualmente, ela faz parte do Itokers, programa do Itaú que dá formação para colaboradores que queiram compreender melhor o ecossistema de criadores de conteúdo e influenciadores. Assim como todos seus colegas do Itokers, Julia não é obrigada a produzir e divulgar conteúdo ligado ao seu trabalho no banco. Poderia falar sobre qualquer coisa, como paisagismo, diversidade ou outros assuntos em suas redes, afinal, os perfis são privados. “Falo sobre muitos lugares, eventos e acontecimentos desse mercado da tecnologia e investimento e, é claro, quando há algo dentro do Itaú que acho importante, também falo”, afirma. “Esse posicionamento me ajuda a ter boa visibilidade e reconhecimento com possíveis parceiros do banco. Uma coisa leva à outra.”

Nessa equação, ganham todos: creator, marca e público. Mas, para isso, é preciso alguns cuidados, alerta Julia. Há assuntos sensíveis e é no dia a dia, no diálogo com as equipes, que os ponteiros do que convém ou não dizer em determinada publicação devem ser acertados. Não há uma diretriz exata e tampouco legislações que defina o que é ou não prática nesse limiar entre vida privada em redes sociais para se falar de trabalho e vida profissional numa empresa. Por isso, também, a profissional afirma que a formação dada pela empresa é importante. “Tem a Julia e tem o Itaú. Sei separar as coisas e sei juntar quando é importante que seja feito”, assegura.

Publicidade

Compartilhe

  • Temas

Publicidade

Patrocínio